
A Expressul, concessionária do transporte coletivo em Balneário Camboriú, comunicou à administração municipal que, devido à inviabilidade econômico-financeira, não retomará os serviços quando a suspensão determinada pela pandemia de covid-19 for revogada.
O advogado Juliano Mandelli, que representa a Expressul, explicou que a empresa é deficitária há anos e que sucessivos governos municipais não conseguiram uma solução.
Segundo ele, devido às características de Balneário Camboriú, cidade pequena, com muitos passageiros idosos e estudantes, o bilhete que hoje custa R$ 4,50, teria que custar cerca de R$ 9,00.
Um bilhete a esse preço não seria competitivo com outras alternativas, mesmo porque os horários e trajetos oferecidos pela Expressul são pouco atraentes.
No ano passado a Expressul foi à justiça contra o município, alegando desequilíbrio de contrato e pedindo indenização que, segundo seu advogado, ronda os R$ 30 milhões.
A reportagem apurou que amanhã haverá uma reunião entre o prefeito e assessores para tratar do assunto.
Balneário Camboriú tem transporte coletivo há cerca de 25 anos, foi implantado no governo Luis Castro, mas a única linha economicamente mais atraente em todo esse período foi a do Bondindinho.